Dadá, o retorno

Ex-prefeito dá sinais de que voltou à luta

A situação de Dadá é complicada e tende a piorar. Enquanto prefeito, tinha o privilégio de ser processado perante o Tribunal de Justiça da Bahia. Mas de agora em diante todos os seus processos serão julgados na Comarca de Ribeira do Pombal, pela juíza Liz Rezende. Não faz muito, o TJ mandou baixar um processo criminal com mais mais de 15 volumes no qual Dadá é acusado de praticar corrupção no curso de seu último mandato.
Essa situação não tem, contudo, desanimado o ex-prefeito. Recentemente, o vereador Baixinho anunciou (indignado) da tribuna da Câmara Municipal que Edvaldo Cardoso Calasans teria abandonado o grupo carlista sem dar qualquer satisfação a seus correligionários para se filiar no PDT do deputado Severiano Alves e do prefeito João Henrique, de Salvador.
Comenta-se que Dadá é candidato a deputado estadual pela legenda trabalhista. Mas sua ida para o PDT pode ter outra explicação. Ele não será o primeiro nem será o último ex-prefeito com situação criminal complicada a pedir socorro ao deputado federal Severiano Alves, atual presidente do partido. Político hábil e dono de uma famosa banca de advocacia, o doutor Severiano Alves não costuma abandonar quem pode lhe render preciosos votos.
Outro sinal de que o ex-prefeito está de volta à ativa é o panfleto espalhado pelo SIMURP, cuja direção é explicitamente controlada por ele. Para quem não sabe, panfleto é seu meio predileto de ataque. Ainda que seja apenas alfinetar adversários.