Dezessete de julho, às 18h51. Um Airbus A320 da TAM, proveniente de Porto Alegre, atravessou a pista do Aeroporto de Congonhas sem conseguir frear. O avião saltou sobre o platô no qual o aeroporto foi construído, passou por cima de uma avenida e se espatifou contra um prédio que pertencia à mesma companhia. As 187 pessoas que estavam a bordo e outras doze que trabalhavam no edifício morreram no choque e no incêndio que se seguiu. Foi o maior desastre da história da aviação nacional. A tragédia ocorreu apenas dez meses depois de um Boeing da Gol cair com 154 pessoas, no coração da Amazônia. Como a maioria dos acidentes aéreos, o de São Paulo teve muitas causas. A pista estava molhada, era curta demais, não dispunha de área de escape nem de ranhuras que facilitam a frenagem. O jato vinha muito pesado e um de seus reversos estava travado. Mas o erro principal foi cometido na cabine de comando. O comandante Kleyber Lima deveria ter colocado a turbina que estava com o reverso quebrado em ponto morto. Em vez disso, deixou-a na posição de aceleração. Depois do desastre, a TAM e a Airbus reorientaram os pilotos para casos de reverso travado e implantaram nos aviões um sinal sonoro para evitar falhas como essa. As medidas vieram tarde demais.
Fonte: Veja
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