Antes de vencer a eleição prefeito já pensava em roubar o Município
Sob a epígrafe Sertãoduto postamos neste espaço, em 16/01/2006, matéria exclusiva dando conta de que o prefeito José Emídio Tavares de Almeida Santos, popular Zé Sertão, de Heliópolis - BA, teria rifado o município para se eleger.
Em 30/07/2004, enquanto candidato a prefeito, Zé Sertão fechou um contrato de marketing com a empresa sergipana STA – PROPAGANDA LTDA para assessorá-lo na eleição, prometendo pagar cerca de R$ 201.600,00 pelos serviços de “consultoria de marketing, planejamento de campanha eleitoral, publicidade, propaganda, redação de textos, criação e concepção de layouts, arte final de peças, anúncios, cartazes, jingle e programas radiofônicos.”
Zé Sertão se obrigou a pagar o preço dos serviços em 48 parcelas iguais de R$ 4.200,00, a partir da posse no cargo de prefeito, se fosse vitorioso. Caso perdesse não ficaria devendo à STA um único centavo conforme prevê uma cláusula de risco inserida no pacto.
Já no cargo, Zé Sertão alegou que não dispunha de recursos próprios para cumprir suas obrigações eleitorais, razão por que decidiu forjar um novo contrato de prestação de serviços através do qual o Município de Heliópolis se obrigava a pagar à STA, anualmente, parcelas equivalentes às do contrato de marketing.
A STA Propaganda chegou a receber duas parcelas no valor de R$ 4.200,00, pagas com cheques da Prefeitura, sem qualquer contraprestação para o Município de Heliópolis. O único beneficiário do pagamento foi o então candidato Zé Sertão.
Hoje, perante o promotor de Justiça Eduardo Barreto D´Ávila Fontes, da Procuradoria Geral de Justiça de Sergipe, o marqueteiro da STA, José Walfran dos Santos, confirmou todos os fatos noticados pelo blog e envolveu na falcatrua a sra. Maria Vânia Matos, atual tesoureira da Prefeitura.
Segundo Walfran, Maria Vânia trabalhou na campanha de Zé Sertão e emitiu um cheque no valor de R$ 25.000,00 com a finalidade de quitar parte do preço contratual. No entanto o cheque foi devolvido duas vezes pelo BANESE por insuficiência de fundos.
O depoimento do marqueteiro é estarrecedor, é uma autêntica certidão de óbito do mandato de Zé Sertão, pois leva crer que o alcaide concorreu ao cargo mal-intencionado, com o manifesto propósito de roubar o dinheiro do povo de Heliópolis.
As declarações de Walfran foram colhidas a pedido do Procuradoria-Geral de Justiça da Bahia, onde tramita a Notícia-Crime nº 003.1.3729/2006, formulada pelo Sindicato dos Servidores Municipais de Heliópolis, contra Zé Sertão, que também omitiu o contrato de marketing na sua prestação de contas à Justiça Eleitoral.
25.9.06
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