26.4.06

Detonado

Jornal de ACM é condenado a pagar um milhão de reais

Foto: Agência Senado
O jornal Correio da Bahia, do grupo empresarial controlado pela família do senador Antônio Carlos Magalhães, foi condenado pelo juiz da 17ª Vara Cível de Salvador, Clésio Rômulo Carilho Rosa, a pagar 3.000 salários mínimos (R$ 1,05 milhão) de indenização por danos morais ao desembargador Carlos Alberto Dultra Cintra, ex-presidente do Tribunal de Justiça da Bahia e atual presidente do Tribunal Regional Eleitoral da Bahia.

A Empresa Baiana de Jornalismo S/A, editora do Correio da Bahia, foi acionada depois que o jornal, em 19/12/05, insinuou suposta negociata articulada por Cintra com a finalidade de assegurar uma aprovação de um projeto de lei que elevaria o subsídio dos 30 desembargadores do TJ baiano para R$ 22.111,25.

Sentindo-se, mais uma vez, insultado e ofendido por seu principal desafeto, Dultra Cintra não hesitou em processar o jornal de ACM, que pela primeira vez se vê diante da possibilidade de conviver com um enorme furo no seu saco de maldades, caso não consiga reverter a decisão nos tribunais. E que rombo, hem!

Que ACM utiliza o Correio da Bahia de modo planfetário, principalmente, para atacar adversários políticos, não é novidade. E que Dultra Cintra tem sido um alvo predileto da sanha carlista, muito menos. A retaliação tornou-se mais aguda depois que Cintra arrancou a fórceps o Poder Judiciário da Bahia do controle político de Toninho Malvadeza, impondo-lhe uma derrota memorável na eleição para presidente do TJ ocorrida há cinco anos.

O cacique pefelista baiano nunca admitiu publicamente o fracasso. Tem feito ataques pessoais ao desembargador, a ponto de tachá-lo de "alcoólatra". Recentemente, destilou seu veneno na tribuna do Senado Federal, na tentativa de por em dúvida a lisura da eleição de um dos muitos liderados de Cintra para a presidência do TJ, o desembargador Benito Figueredo, que, quer queira ou não, simboliza o mais novo furo no famoso saco de maldades de ACM.

Com informações da Agência Folha.

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