22.10.08

Dadá quer revanche!

Tendo perdido nas urnas, o ex-prefeito Edvaldo Cardoso Calasans agora busca a revanche. Como enganar o eleitor não deu muito certo, desta feita a estratégia do ex-prefeito é levar a eleição majoritária (2008) de Ribeira do Pombal para o tapetão.

Parte desse desiderato foi executado hoje (22/10). Com finalidade certa e demarcada o jornal Tribunal da Bahia requenta, com novas nuances, matéria publicada em 16/09/2008 e reproduzida por este blog sob o título "Está dando empate". A publicação de hoje é, no entanto, mais ousada. Acusa o promotor eleitoral Ricardo Menezes de omissão, bem como o prefeito José Lourenço Morais da Silva Junior de estar macomunado com ciganos (Leia matéria completa aqui).

O Tribuna da Bahia, mais uma vez, mostra que não está fazendo jornalismo sério, na medida em que não abriu espaço para o prefeito acusado apresentar suas alegações. Não pode tampouco ignorar o paradeiro de Zé Grilo, uma vez que nos autos da Ação de Investigação Eleitoral encontra-se a defesa do alcaide. De qualquer modo, cumpre ao denunciante provar a acusação e ao denunciado acautelar-se diante de notícias plantadas na imprensa com objetvo de constranger autoridades. A tática é velha! E costuma funcionar...




Prefeito de Pombal acusado de compra de voto

O prefeito reeleito de Ribeira do Pombal, José Lourenzo Moraes da Silva Jr., conhecido como “Zé Grilo” está sendo acusado de compra de votos e coação com fins eleitorais. A denúncia foi encaminhada pessoalmente pelo morador José Erivaldo Evangelista dos Santos, que gravou uma conversa entre ele, o atual gestor e um de seus correligionários, conhecido como “Ataíde Cigano”, em que o prefeito promete trocar o piso da casa de Erivaldo pelos votos de sua família.
A sociedade de Ribeira do Pombal está chocada com o caso. Dia 15 de agosto do ano corrente, o prefeito foi até o assentamento Associação Comunitária dos Moradores da Baixa do Museu para tentar comprar votos dos moradores.
Erivaldo registrou a conversa em sigilo e mostrou a gravação ao promotor da cidade, Ricardo Meneses. O áudio descreve com detalhes a ilegalidade da compra de votos. Ataíde pergunta quanto mede o piso, alegando que, se fosse muito grande, ajudaria pelo menos em uma parte. Mas o promotor, curiosamente, não tomou qualquer providência sobre o assunto. “O promotor se sentiu coagido, como boa parte da população de Ribeira do Pombal, e acabou não fazendo nada”, lamentou Erivaldo.
Obstinado, Erivaldo veio até Salvador para protocolar pessoalmente a denúncia junto à Procuradoria Geral do Estado. A denúncia envolve também o vice-prefeito e um grupo de ciganos poderosos na região. Erivaldo quer que o Ministério Público e a Justiça eleitoral tomem providências concretas sobre questão. Quer também que ele e o irmão, José Elto Evangelista dos Santos, sejam incluídos no Programa de Proteção à Vítimas e testemunhas (Provita).
A família Evangelista dos Santos reside com a família em um assentamento de sem-terra da localidade, vivendo uma vida muito difícil e incerta.
Erivelton diz que, desde que as denúncias foram divulgadas, ele e o irmão vêm sofrendo ameaças de morte, e rondas constantes, tanto por parte dos ciganos, como por membros da Polícia Civil ligados ao prefeito.
Os laços entre Zé Grilo e os ciganos de Ribeira do Pombal são bastante estreitos, e estes funcionam como que uma espécie de “braço” paralelo da prefeitura.
A doação de um jogo de camisas para o time de futebol dos ciganos em troca de favores é uma das provas dessa amizade. Por isso, Erivaldo decidiu por se esconder, mas esteve ontem à tarde na sede da Tribuna da Bahia para buscar o apoio da imprensa.
O prefeito não tem uma ficha limpa: Zé Grilo é acusado de usar servidores públicos para fazer campanha e panfletagem, o que é terminantemente proibido pela Lei Eleitoral.
Além disso, em julho, teve os bens bloqueados por denúncias de improbidade.

trecho da Fita


uErivaldo – O barraco é aqui... rsrsrs...

uAtaíde Cigano – É você e quem aqui?

uErivaldo – Tem eu, minha mulher e minha filha.

uZé Grilo – Sua filha... Já tem título?

uErivaldo – Já, 16 anos.

uAtaíde Cigano – O que (você quer)?

uErivaldo – Eu tô com uma casinha na rua... Botava um piso, quê lá é assim, de chão batido.

uA.C. – Sim, mas você quer o que? Pode falar!!

uErivaldo – Se vocês tinha (sic) como arrumar um piso pra mim,pra botar lá.

uZé Grilo – Lá mede quantos metros de piso?

uErivaldo – Uns 50 m mais ou menos.

uZé Grilo – Olhe, veja bem, era bom levantar mais ou menos quanto é que gasta nesse piso, e aí eu dou uma ajuda a ele, se eu não puder dar todo, dou pelo menos uma parte, já é uma ajuda, né?

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