Ninguém está acima da lei", assegura ministro da Justiça.
Dantas (foto), sócio-fundador do Grupo Opportunity, foi condenado em sentença do juiz Fausto Martin de Sanctis, da 6ª Vara Federal Criminal de São Paulo, a dez anos de prisão em regime fechado por corrupção ativa, por tentativa de suborno a um delegado durante a Operação Satiagraha, da Polícia Federal.
O ministro da Justiça, Tarso Genro, afirmou nesta quarta-feira (3) que a condenação do banqueiro baiano Daniel Dantas é um sinal da independência do Judiciário em um país onde as pessoas não estão acostumadas a verem "figurões" condenados.
"Ninguém está acima da lei, ninguém está acima do poder inquisitório da polícia, ninguém está acima do Ministério Público quando age dentro das formalidades legais. Seja a sentença mantida ou reformada", afirmou Tarso. "Quando o processo chega [a esse ponto] é uma vitória da democracia, de todas as facções políticas e da cidadania", completou.
Dantas responde a processo por supostamente ter oferecido propina de US$ 1 milhão a um delegado da PF para que o nome dele fosse retirado do caso. O advogado do banqueiro, Nélio Machado, afirmou em nota que o processo é "nulo" e que o juiz é "suspeito". Ele já apresentou recurso pedindo a anulação do julgamento.
A operação, deflagrada na madrugada de 8 de julho, resultou na prisão do banqueiro, do investidor Naji Nahas e do ex-prefeito Celso Pitta. A PF apreendeu R$ 1.180.650,00 no apartamento de Chicaroni, que, em interrogatório, confessou sua participação e delineou a dos demais.
Com informação do UOL, 03/12/2008
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